quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tarde de Verão

Acordei em um lugar
Onde não tinha que me preocupar com nada.
Onde o vento balançava as folhas,
Onde o lago refletia o céu.
E tudo que um dia eu coloquei no papel,
Se realizou.

Nesse lugar surreal
Não existia o bem e o mal,
O certo e o errado,
O amor e o pecado.

Tudo que existia era apenas a sensação de viver,
De sentir o sol com o seu poder
Aquecer o frio de cada manhã

Era impossível chorar,
Pois a essência do ambiente servia para consolar
Qualquer dor ou tristeza presente.

Foi uma pena que de repente
Uma nuvem encobriu o sol,
E de novo pude ver a realidade
De dores e frustrações
Que contritava os corações.

E não consegui mais voltar àquele lugar...
Pois como um sonho, tudo acabou.
E somente o que restou
Foi o devaneio de uma tarde de verão
Em um mundo completamente de ilusão,
Escondido em uma distante dimensão,
Bloqueada pelos medos e incompreensão,
De uma vida totalmente sem razão.


[Joe Silva]

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