sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Novo amanhecer

Hoje…
não tenho necessidade do meu espelho
Para conferir o que ainda sou ou deixei de ser,
Para vislumbrar a verdade do meu Eu e do meu viver
Ou a simples curiosidade de querer me conhecer!
Quanto tempo já se passou desde aquele dia!...
Onde eu,
ainda perdida e sentida da vida,
me deparei com aquele que soube acontecer
e fazer com que acordasse desta minha ilusão de viver !
Nunca tive noção de que antes tudo tinha sido em vão,
Esse tempo perdido nesse mundo abandonado
Até você se decidir a entrar na minha existência,
Impondo sua presença a este corpo desordenado!

Naquele nosso primeiro olhar…
inigualável emoção,
Que sem o saber,
resgatou meu coração condenado,
Me obrigando a contemplar o que havia desleixado,
Me intimando a ser e a olhar para o além do querer!
Aos poucos...
você gravou seus rastros no meu destino
Me fazendo ver a fraqueza daquele que me machucou
A insensatez que nunca quis entender,
O que pensei ser amor quando não passou de ardor!
Você me fez caminhar entre enigmas desconhecidos,
Ultrapassar todos os obstáculos sem nome, escuros e doloridos,
Você me deixou vislumbrar tua presença amada
Apertou forte a minha mão,
E em todos os momentos, nunca deixou de existir!
Hoje,
ao olhar para o mundo,
não há mais o passado,
Nem um segredo,
nem um medo para me atormentar,
Somente esta liberdade de querer,
de viver e te amar!
Enquanto o mundo vaga lá fora na escuridade
tentando impor minhas fragilidades,
Você conseguiu me desvendar e me lapidar,
Mostrar que ainda existem pessoas capazes de amar!
Hoje...
renasci com um sorriso e novo brilho no olhar,
Não foi necessário a ciência,
nem o encanto ou feitiço
Mas somente o absinto da tua poderosa presença!

[Yhanne - adaptado de Salomé]

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