sábado, 17 de agosto de 2013

Deus

Corriam sons pela terra
falando que os anjos
iriam para longe
procurarem aqueles que sofrem
Nos céus descem escadas
prontos para a batalha
que na terra terá
Pai do Céu nos proteja
tamanha nossa pobreza
com falhas espirituais
Nem todos estão acostumados
apenas louvam com obrigado
aquilo que podem ver
Nos espaços tão grandes
homens dizem garantir
a boa terra prover
Olhos divinos de anjos
brilham soltando relâmpagos
os homens não entendiam
o que estava para acontecer
A terra num fogo se alastra
plantas caem torradas
sómente algo pode revive-las
Dos olhos dos anjos o fogo
tirara qualquer repouso
do homem agricultor
Ele que chora pesaroso
preocupa-se ao ver sómente
brasa em carvão
a terra gemer
Pensa no que levará pra cidade
sómente restos da maldade
dos anjos que não acredita serem
A fome se alastra depressa
tal qual o fogo que vira
dos olhos dos anjos
levando tudo a morrer
Chora sentido o coitado
Será ele menos culpado
do que os anjos
homens da cidade
ou do interior como ele
Anjos severos olham
aquele povo suado
o calor, o maltrato
o coração dos homens
ha de esmorecerem
Caem os primeiros joelhos
olham a terra queimada
a vida passou a ser respeitada
a fome a doer
Juram em suplicas sagradas
descobrem o que é que vale
na terra chover as bençãos de Deus
Bençãos eles esperam do céu
a primeira gota de água
vem dos olhos abençoada
tazendo o primeiro broto
É o homem arrependido
choroso encontrando consigo
a sublime criatura de Deus


[Rosalina Herai]

Foto: Corriam sons pela terra<br />falando que os anjos <br />iriam para longe <br />procurarem aqueles que sofrem<br /><br />Nos céus descem escadas<br />prontos para a batalha<br />que na terra terá<br /><br />Pai do Céu nos proteja<br />tamanha nossa pobreza <br />com falhas espirituais<br /><br />Nem todos estão acostumados<br />apenas louvam com obrigado<br />aquilo que podem ver<br /><br />Nos espaços tão grandes<br />homens dizem garantir<br />a boa terra prover<br /><br />Olhos divinos de anjos<br />brilham soltando relâmpagos<br />os homens não entendiam<br />o que estava para acontecer<br /><br />A terra num fogo se alastra<br />plantas caem torradas<br />sómente algo pode revive-las<br /><br />Dos olhos dos anjos o fogo<br />tirara qualquer repouso <br />do homem agricultor<br /><br />Ele que chora pesaroso<br />preocupa-se ao ver sómente<br />brasa em carvão <br />a terra gemer<br /><br />Pensa no que levará pra cidade<br />sómente restos da maldade<br />dos anjos que não acredita serem<br /><br />A fome se alastra depressa<br />tal qual o fogo que vira<br />dos olhos dos anjos <br />levando tudo a morrer<br /><br />Chora sentido o coitado<br />Será ele menos culpado<br />do que os anjos <br />homens da cidade <br />ou do interior como ele<br /><br />Anjos severos olham<br />aquele povo suado<br />o calor, o maltrato<br />o coração dos homens <br />ha de esmorecerem<br /><br />Caem os primeiros joelhos<br />olham a terra queimada<br />a vida passou a ser respeitada<br />a fome a doer<br /><br />Juram em suplicas sagradas<br />descobrem o que é que vale<br />na terra chover as bençãos de Deus<br /><br />Bençãos eles esperam do céu<br />a primeira gota de água<br />vem dos olhos abençoada<br />tazendo o primeiro broto<br /><br />É o homem arrependido<br />choroso encontrando consigo<br />a sublime criatura de Deus<br /><br />Rosalina Herai

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