Ah! o amago do ser sob as cascas
O pedaço verdadeiro que pulsa
Seiva de vida não adormecida
O relógio da vida compassado
Minto eu em minhas conjecturas
Sob as cascas há um ser cujo coração se descompassa
Mora nas quedas e nos voos do espírito que habita
Mora nas juntas dos caminhos em que passa
O encontro sob as cascas mostram o ser verdadeiro
Do homem totalmente sensível que ninguém viu
O viu apenas e claramente a seiva que nele fluía
Viu a luz entrando por seus olhos até atingi-la
Dorme homem com a seiva que lhe liberta
Dorme em seu interior conhecendo a vida
Dorme o corpo sem cascas
Dorme o coração
[Rosalina Herai]
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