segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Adeus, poesia...

Rasgo a minha folha em branco..
Guardo a minha caneta..
E dispo a fantasia de poeta que nunca fui..

Esqueço essa ilusão..
Que só fez machucar meu coração..
Não vale a pena falar de emoção..

As palavras já não surgem..
Os versos são confusos..
Perdi-me no meu próprio turbilhão de emoção..

Para que falar dos sonhos desfeitos..
Ou daqueles sonhados..
Se meus versos são tão criticados..

Por que falar das minhas flores..
Dos jardins que construí..
Se um vento forte tudo destruiu..

Por que tentar meus versos dividir..
Se eles não são compreendidos..
E sequer respondidos..

Não vou mais falar do canto dos pássaros..
Que somente eu entendia..
Se até mesmo eles me deixaram..

Para que falar de emoção..
Se todos me cobram a razão..
E pisam pelos delicados caminhos do meu coração..

Para que falar de amor..
Se existe tanta dor..
Que trazem apenas lágrimas..

Nunca fui poeta..
Apenas quis transformar em versos..
Aquilo que sente meu inocente coração..

Não..não quero mais..
Hoje digo adeus à poesia..
E guardo essa tola fantasia..


Adeus, poesia...

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