E o sol,  
Anseio profundo  
Para o mundo,  
Mesmo em passo de pobre caracol,  
Destronou a loucura do vento  
E o tormento  
De uma chuva maléfica,  
Sem poema,  
Sem diadema,  
Sem oração! 
Folheio  
Cheio  
De são lirismo  
E tristura  
Os longos dias transactos,  
Onde o fel dos desacatos  
Imperou!... 
Percorro os horários,  
E os calendários  
Do tempo cansado,  
Frio,  
Que trouxe, em detestável calafrio,  
O verso medonho,  
Sem sonho,  
De um pungir magoado... 
Na minha agenda,  
Já vem a luz  
Que conduz  
Ao verso longo,  
Infinito,  
Com sabor a redenção! 
E o sol nasceu,  
Na balada da chuva,  
Na quimera do vento... 
E o sol venceu...  
E a chuva emudeceu...  
Paragem no lamento!
[Von Breysky]
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