sábado, 5 de junho de 2010

A balada da chuva

E o sol, 
Anseio profundo 
Para o mundo, 
Mesmo em passo de pobre caracol, 
Destronou a loucura do vento 
E o tormento 
De uma chuva maléfica, 
Sem poema, 
Sem diadema, 
Sem oração!

Folheio 
Cheio 
De são lirismo 
E tristura 
Os longos dias transactos, 
Onde o fel dos desacatos 
Imperou!...

Percorro os horários, 
E os calendários 
Do tempo cansado, 
Frio, 
Que trouxe, em detestável calafrio, 
O verso medonho, 
Sem sonho, 
De um pungir magoado...

Na minha agenda, 
Já vem a luz 
Que conduz 
Ao verso longo, 
Infinito, 
Com sabor a redenção!

E o sol nasceu, 
Na balada da chuva, 
Na quimera do vento...

E o sol venceu... 
E a chuva emudeceu... 
Paragem no lamento!

 

[Von Breysky]

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