sexta-feira, 11 de junho de 2010

A paz que eu possuo

A paz começa dentro de mim,

quando me aceito, de corpo e alma,

e reconheço meus defeitos, com paciência e calma,

E, em vez de me fragmentar em mil pedaços,

me coloco inteira no que penso, sinto e faço,

passageira no tempo e no espaço,

sem nada para levar que possa me prender,

sem medo de errar e com muita vontade de aprender.


A paz começa entre nós,

quando eu aceito o teu modo de ser,

sem me opor ou resistir e reconheço as virtudes

do outro sem julgar ou pensar nas diferenças.


A paz no mundo começa quando as palavras se calam,

e os gestos se multiplicam,

Quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura,

Quando se repudia a doença e se enaltece a cura,

Quando se combate a normalidade que virou loucura

e se estimula o desejo de melhorar a humanidade,

de construir uma outra sociedade,

com base numa outra relação,

em que amar é a regra,

e não mais a exceção.

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