quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Corpo a Corpo

Suas pernas abraçaram-se
ao vaivém do meu balanço,
e o meu suor batizou a pele
de seus seios.
Minha língua rebolou ao ritmo
de seus gemidos,
e sua lascívia acariciou a rígida
prontidão do meu desejo.
A galope das horas que olhavam
de soslaio o nosso encontro,
nos demos sem palavras,
nos tivemos sem fronteiras,
prometemos e juramos,
penetramos e saimos,
procuramos e encontramos,
e inflamados explodimos.
Desde os bastidores do nirvana,
o amanhecer deixou cair o pano
sobre nossos corpos exaustos,
enquanto os minutos que passavam
aplaudiam o apagar das luzes
da nossa noite de amor.

[Bruno Kampel]