segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Há anos

Há anos que me espero inutilmente.
Se não chegar antes do próximo poema,
sairei a procurar-me entre as rugas do passado,
e se não me achar nos escombros de outros tempos,
ou se me perder nas cinzas dos meus sonhos,
então voltarei e continuarei esperando-me,
sentado sobre as estrofes do tempo que
não espera nem perdoa.


[Bruno Kampel]